"Che"
Falar de ti, Comandante,
é ver-te curvado sobre armas e mapas
no centro da floresta verde-jade
sob o céu inclemente das Caraíbas
em demanda dos caminhos da liberdade.
é ver-te curvado sobre armas e mapas
no centro da floresta verde-jade
sob o céu inclemente das Caraíbas
em demanda dos caminhos da liberdade.
É ver-te lutar à frente duma coluna
sob a metralha da tirania
nos visos e umbrias da Sierra Maestra
e a tratar noite e dia os camaradas
feridos em batalhas impossíveis.
sob a metralha da tirania
nos visos e umbrias da Sierra Maestra
e a tratar noite e dia os camaradas
feridos em batalhas impossíveis.
É relembrar
os diários de teus cadernos
quando da Patagónia
à Amazónia peruana
combatias preconceitos e tabus
e tratavas e convivias
com os leprosos de Machu-Pichu
e davas uma palavra de ânimo
e de revolta aos sem-terra
e a todos os excluídos da sorte.
os diários de teus cadernos
quando da Patagónia
à Amazónia peruana
combatias preconceitos e tabus
e tratavas e convivias
com os leprosos de Machu-Pichu
e davas uma palavra de ânimo
e de revolta aos sem-terra
e a todos os excluídos da sorte.
Falar de ti, Comandante,
é sentir da vida o desapego,
essa dor-consciência
que fere e fura os muros do silêncio
numa luta contínua e sem tréguas
pela liberdade do semelhante.
Falar de ti, Comandante,
é saber da firmeza do teu verbo
e da solidez do teu carácter
espelhados no olhar carismático
dolorosamente fixo
sob a estrela vermelha
duma boina azeviche.
Falar de ti, Comandante,
é falar de um sonho de Liberdade.
é sentir da vida o desapego,
essa dor-consciência
que fere e fura os muros do silêncio
numa luta contínua e sem tréguas
pela liberdade do semelhante.
Falar de ti, Comandante,
é saber da firmeza do teu verbo
e da solidez do teu carácter
espelhados no olhar carismático
dolorosamente fixo
sob a estrela vermelha
duma boina azeviche.
Falar de ti, Comandante,
é falar de um sonho de Liberdade.