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'erro bush' o mesmo que "erro crasso"








Os idos de Março sempre foram aziagos para os senhores da guerra.

Gaius Julius Caesar fora avisado por um áugure, quando a 15 de Março do ano 44 a.C. regressava da campanha da Gália, de que, como os idos de Março são fatídicos, não deveria entrar em Roma naquele dia. Insistiu, e entrou. O que aconteceu, já todos sabem. Foi apunhalado à entrada do Senado.


Mais de 2 milénios depois, nos idos de Março de 2003, “Georgius Bushus II”, “imperador da nova Roma”, decidiu invadir o Iraque, apesar da opinião contrária da maioria dos governos do Planeta, dado que as razões por ele aduzidas enfermavam de vários vícios. Ao arrepio das determinações da ONU e do bom senso, a guerra foi levada a efeito.


Talvez G. Bushus II não saiba desta coisa maléfica que são os idos de Março…


Embora os dicionários o não refiram - mencionam apenas que “crasso” deriva do latim “crassus” e significa “grosseiro” e “ignorante” - tenho para mim que o vocábulo deriva do nome de Marcus Licinius Crassus, homem grosseiro, teimoso e de medíocre talento, que foi cônsul e triúnviro da Roma Antiga, mercê da sua enorme fortuna e de fortes influências políticas.


Um dos muitos erros “crassos” daquele político romano foi não ter acatado os conselhos dos seus generais, ao pretender fazer guerra aos belicosos Partos, que apelidava de bárbaros imundos.


A Pártia englobava os territórios que vão da parte leste da Síria actual ao Afeganistão e Paquistão, e incluía todo o Irão e Iraque actuais, além de outras regiões vizinhas.


Crasso, devido à sua teimosia, viria a morrer às mãos dos Partos que tanto desprezava.


Talvez G. Bushus II também não saiba deste funesto acontecimento…


Acontecimento, aliás, já pressagiado (leia-se filmado) pelos 'áugures' do britânico "Channel 4", como se pode constatar no endereço seguinte (não é permitida a incorporação do clip no blog, pelo que trago, somente, a respectiva url):

http://www.youtube.com/watch?v=Wvwyx8Ai14U



Em comum com Marcus L. Crassus, temos que G. Bushus II ascendeu rapidamente na política auxiliado pela influência de instâncias poderosas e pela imensa fortuna familiar. Em comum, ainda, a invasão do Iraque e a tentativa de submissão da Síria e do Irão, para já não referir o Afeganistão (o outro tentou, mas morreu).


Creio que a “ nova Roma” tem dentro de si a figura temerária de um novo Marcos Licinius Crassus.


Quem diz que a História não se repete?


Entretanto, sugiro humildemente aos dicionaristas que passem a incluir nos dicionários um novo vocábulo: “bush”- adj., crasso, grosseiro, ignorante.


Nota: G. Bushus II declarou o término oficial da sua guerra de Pirro no dia 1 de Maio de 2003, altura em que o nº de mortos entre os seus soldados ascendia a 140 . A partir dessa data já morreram mais 3 715 militares, ou seja, 26,5 vezes aquele número (3 855 soldados norte-americanos mortos até 05NOV2007).


Que grande estratega, este Crassus moderno!!!