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o amor



este sentir
este dulçor
que nos envolve
e que ressoa
e se repete
e se insinua
ora agitado
como uma vaga
ora sereno
qual luz da lua
e sem embargo
evanescente
qual breve espuma
ontem e hoje
tal como dantes
eternamente
meloso e amargo
como as flores
e se enciúma
por tantas vezes
tão requebrado
e elanguescente
e sobremodo
tão estranho
e tão bondoso
antes cativo
tão doloroso
pesado e leve
como um suspiro
quando nos foge
e faz sofrer
tão abstracto
quanto alheio
e indefinível
e tão imenso
quão impreciso
indecifrável
misterioso
acaso simples
e no entanto
tão complicado
e tão difícil
que ora aquece
ora resfria
sem ser fogo
sem ser gelo
pedra polida
quase infrangível
e todavia
também se quebra
por vezes alto
quase intangível
impetuoso
na eterna busca
de fins sem meios
é cego e surdo
por vezes louco
nos seus anseios
de tudo um pouco
e apesar disso
é tão fiel
e tão maduro
e tão constante
quantas as vezes
em que é instável
porque imaturo
e inconstante
e ainda assim
tão perdoável
mesmo na dor
e no castigo
este sentir
esta emoção
esta harmonia
esta paixão
que nos envolve
em alegria
esta doçura
este langor
que nos atrai
e nos encanta
que às vezes parte
num mar de lágrimas
mas não se esvai
antes redobra
e não soçobra
tão promissor
sempre que volta
chama-se amor.