Pela Paz, contra a Guerra
[Escrito a 12FEV2003 (5 semanas antes do início da guerra do Iraque)]
Umbelas, aviões e helicópteros
estrelam o céu azul eterno
do país da lendária Semíramis.
Rambos pintados destilam filtros de ódio
no berço da Primeira Civilização
e matam e morrem em guerras de petróleo
para impor a Babilónia o seu padrão.
Fragrâncias das Mil e Uma Noites
caldeiam-se com cheiros acres a Vietname
nos céus que foram da antiga Babilónia,
agora rastreados a branco por mísseis Sam.
E voltam a cair do azul infindo,
no suor dos camuflados amarelos
e de verde suspeito,
não babilónicos sonhos a Sherazade
mas Medusas que a sábia Ateneia
transforma em serpentes
que rastejam areias de oiro em pátria alheia.
E chovem divisões, tanques,
navios de guerra, jipes, camiões,
exércitos de Yankes,
helicópteros, aviões e
mísseis balísticos ar-terra-mar
em todas as combinações.
E há bombas laser,
porta-aviões,
granadas, balas e outras munições,
máscaras anti-gás,
baterias de canhões
e armas electrónicas.
Alguém viu armas químicas,
nucleares, biológicas?
Não?
Porquê a guerra então?!
Em terras de amavios e de essências
há filtros de ódio e contingências
de guerras económicas de petróleo.
Na madrugada do deserto inda estrelada
perecem xiitas, sunitas, americanos,
baralhando religião e liberdade,
quando se batem e tombam
apenas pelo ouro negro de Bagdad.
E morrem com estes homens,
crianças, velhos, jovens,
e mulheres duplamente sacrificadas
pela Bíblia e pelo Corão.
Tudo isto no país de Aladim,
terra que foi de fadas
e de varinhas de condão;
terra de magia e de lendas,
de princesas, mágicos tapetes e sultões,
em que a mítica Bagdade
apenas tinha um Ladrão.
Acabaram os elixires
no país de Sinbad,
ora sem génios nem grão-vizires.
Os tapetes mágicos
são agora aviões F-Dezoito e F-Dezasseis
e poderosos mísseis cruzeiro
trepassando os céus sangrentos de Bagdad.
Em terras de amavios e de essências
há filtros de ódio e contingências
de guerras económicas de petróleo.
Na antiga Babilónia e na velha Assíria,
terras de lendas, berços de antigas civilizações,
não queremos heróis a haurir o hidromel das Valquírias;
tão-pouco concebemos o retorno dos Quarenta Ladrões.
[Pela Paz, contra a Guerra,
virtuosa frase que a honra encerra!]
estrelam o céu azul eterno
do país da lendária Semíramis.
Rambos pintados destilam filtros de ódio
no berço da Primeira Civilização
e matam e morrem em guerras de petróleo
para impor a Babilónia o seu padrão.
Fragrâncias das Mil e Uma Noites
caldeiam-se com cheiros acres a Vietname
nos céus que foram da antiga Babilónia,
agora rastreados a branco por mísseis Sam.
E voltam a cair do azul infindo,
no suor dos camuflados amarelos
e de verde suspeito,
não babilónicos sonhos a Sherazade
mas Medusas que a sábia Ateneia
transforma em serpentes
que rastejam areias de oiro em pátria alheia.
E chovem divisões, tanques,
navios de guerra, jipes, camiões,
exércitos de Yankes,
helicópteros, aviões e
mísseis balísticos ar-terra-mar
em todas as combinações.
E há bombas laser,
porta-aviões,
granadas, balas e outras munições,
máscaras anti-gás,
baterias de canhões
e armas electrónicas.
Alguém viu armas químicas,
nucleares, biológicas?
Não?
Porquê a guerra então?!
Em terras de amavios e de essências
há filtros de ódio e contingências
de guerras económicas de petróleo.
Na madrugada do deserto inda estrelada
perecem xiitas, sunitas, americanos,
baralhando religião e liberdade,
quando se batem e tombam
apenas pelo ouro negro de Bagdad.
E morrem com estes homens,
crianças, velhos, jovens,
e mulheres duplamente sacrificadas
pela Bíblia e pelo Corão.
Tudo isto no país de Aladim,
terra que foi de fadas
e de varinhas de condão;
terra de magia e de lendas,
de princesas, mágicos tapetes e sultões,
em que a mítica Bagdade
apenas tinha um Ladrão.
Acabaram os elixires
no país de Sinbad,
ora sem génios nem grão-vizires.
Os tapetes mágicos
são agora aviões F-Dezoito e F-Dezasseis
e poderosos mísseis cruzeiro
trepassando os céus sangrentos de Bagdad.
Em terras de amavios e de essências
há filtros de ódio e contingências
de guerras económicas de petróleo.
Na antiga Babilónia e na velha Assíria,
terras de lendas, berços de antigas civilizações,
não queremos heróis a haurir o hidromel das Valquírias;
tão-pouco concebemos o retorno dos Quarenta Ladrões.
[Pela Paz, contra a Guerra,
virtuosa frase que a honra encerra!]
12FEV2003
Sem comentários:
Enviar um comentário